Mais do que nunca precisamos nos libertar. A moda all size faz parte de uma série de movimentos que vêm tentando urgentemente reverter impactos sociais negativos causados pela indústria fashion. Veja bem, não é de agora que a moda vem ditando o que deve ou não ser usado, o que está in ou out, com quem você deve parecer ou quem você deve ser. São padrões que funcionam como verdades limitantes da própria vida, ovacionando algumas pessoas e excluindo outras.
O que o movimento all size está tentando fazer é destrancar o cadeado dessa prisão escura, opressora e superlotada. E não tem jeito, só teremos sucesso quando palavras como representatividade, consciência e empoderamento estiverem implícitas também em etiquetas de roupas.
O papel das marcas no movimento all size é abraçar de vez a diversidade criando peças de qualidade para todos (TODOS) os tamanhos, do XPP ou XGG. Pode parecer um passo tímido, mas a força e a inteligência por trás desse processo não consiste apenas em desenvolver moldes pequenos e grandes. Não. A ideia é estudar uma variedade bem maior de manequins e biotipos desde a idealização da peça. Só assim conseguiremos construir um espaço onde o público consiga se sentir respeitado e atendido, sem serem definidos ou intimidados pelo tamanho do quadril.
Na foto, lançamento de coleção na loja Silvania Mares BH. Modelos diferentes vestindo a mesma marca.